Ter fé é ter certeza do depois. Acreditar nas belas manhãs logo após tempestades agressivas, pensar no anoitecer estrelado depois que o sopro de Deus levou as nuvens embora.
Ter fé é confiar na segurança de dentro, mesmo sabendo que o mundo está prestes a mudar lá fora. É perseverar no sorriso guardado pela tristeza que tomou conta do nosso lar maior: o coração.
Ter fé é não desistir quando tudo desaba. Entender que, lá no fundo, tudo não passava de uma única telha quebrada.
Ter fé é saber esperar sem saber qual será o próximo passo por também não saber dá-lo. É estar ciente da própria grandiosidade, mesmo quando nos permitimos ser tão “apequenados”. Ter fé é segurar o invisível, mas ter razão ao fazê-lo. É confiar no que podemos ser depois das dificuldades.
Ter fé é abster-se de gritar quando ninguém precisa mais do silêncio da espera quanto nós mesmos. É poder ser inocente mesmo quando a culpa da desistência nos pesa.
Ter fé é jogar-se nos próprios abismos acreditando que, hora ou outra, algo maior nos segurará.
Nós precisamos crer
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