Ás lagrimas que escorrem dos meus olhos é a prova de que todo aquele sonho chegou ao fim, que não somos mais nós e que não mais podemos ser definidos como um casal, é aquela coisa de “foi até onde poderia ir e deu o que poderia dar, continuar com esse relacionamento é o mesmo que se matar aos poucos”.
E aos poucos matamos aquilo que sentíamos, o respeito que tínhamos e o desejo que habitava em nós, deixamos de ser a gente na mesma proporção que a lua traiu a Joelma, piadinha sem graça para esconder as lágrimas que insistem em cair dos meus olhos.
Tento não observar em quanto você recolhe o que ainda resta seu ali em casa, finjo não notar quando você pega o meu perfume e coloca no meio das suas coisas, me faço de desentendida ao ver que deixou a sua camiseta preferida na minha gaveta.
Ás lagrimas que escorrem dos meus olhos prova que não é que eu seja fraca em não implorar que você fique, me prova que estou sendo forte o suficiente para permitir que você parta, levando um pedaço meu, deixando um pedaço seu e caminhando sendo metade de cada um, até que consigamos nos recuperar.
Talvez se soubéssemos que seria assim não teríamos arriscado, nos jogado e feito tudo para que desse certo, “porém não só de sonhos vivem as pessoas”, precisamos seguir em frente e não somos fracos por isso.
Iremos seguir e nos reconstruir, reaprenderemos a ser inteiros sozinhos e pode ser que em um futuro não muito distante nos encontremos novamente e juntaremos a metade que levamos de cada um, e será que nesse momento que transbordaremos.